quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Aplicações de TI e suas influências no modelo de estratégia e organização












Por muito tempo a T.I. foi vista apenas como suporte administrativo e incapaz de gerar qualquer retorno para o negócio, ao contrário,só trazia custos. Atualmente o uso (aplicação) da T.I. tem sido cada vez maior no dia a dia das organizações e é considerado um diferencial competitivo, levando as empresas a investirem maciçamente em pesquisa e desenvolvimento para aumentar os lucros, influenciando desta feita seu modelo de estratégia e organização. No mundo globalizado e com mudanças céleres e contínuas é difícil imaginar uma empresa que prescinda dos serviços de T.I., no setor bancário, por exemplo, a T.I. confunde-se com o próprio negócio.



É inegável o amplo uso da T.I. nas organizações influenciando o negócio principal da empresa, como no caso dos bancos (cartões magnéticos, home banking, caixas eletrônicos, etc). A aplicação da T.I. neste setor não se resume apenas a aspectos puramente técnicos, informatizando rotinas e processos, mas fazendo uma releitura dos mesmos, de maneira a colaborar para a otimização do negócio da empresa, permitindo com que esta responda com a rapidez necessária a velocidade das mudanças impostas pelo mercado, o que indubitavelmente influencia o modelo de estratégia e organização.
Uma aplicação da T.I. e que irá refletir no modelo de estratégia e organização refere-se à implantação da nota fiscal eletrônica e – nota, pois causará modificações no relacionamento da empresa para com o fisco, fornecedores e clientes. A empresa terá que (...) "adotar uma nova rotina, que compreende a geração de um documento eletrônico antes que a mercadoria saia da fábrica ou o serviço seja prestado" (ROJAS).

A aplicação da T.I. influencia o modelo de estratégia e organização na medida em que enriquece todo o processo da empresa, ajudando na otimização das atividades, derrubando barreiras de comunicação e agregando mais valor e qualidade aos produtos e serviços oferecidos. "E nesse novo cenário, a T.I. começou a assumir um papel muito mais importante nas organizações: o de fator de crescimento de lucros e de redução de custos operacionais" (SANTOS, 2009).

Objetivos dos principais modelos de estratégia e organização de negócios
As pressões competitivas do mercado obrigam as empresas a olharem mais detidamente e de forma integrada para sua cadeia de suprimentos, de maneira que um sistema de informação eficaz é crucial para o sucesso de um sistema logístico. A logística empresarial surgiu da importância em reduzir custos nas empresas, assim como, em melhorar o atendimento das necessidades dos clientes.
Embora já tenha sido apresentado um conceito de logística, não é demais lembrar que é essa:
A área da Administração que cuida do transporte e armazenamento das mercadorias. É o conjunto de: Planejamento, Operação e Controle do Fluxo de Materiais, Mercadorias, Serviços e Informações da Empresa, integrando e racionalizando as funções sistêmicas, desde a Produção até a Entrega, assegurando vantagens competitivas na Cadeia de Distribuição e, conseqüentemente, a satisfação dos clientes. (UVB/CONCEITO DE LOGÍSTICA EMPRESARIAL).
Os conhecimentos apreendidos a partir da TI aplicada à Logística Empresarial nos mostram que os principais modelos de estratégia e organização de negócios objetivam:
a) Excelência Operacional: no mercado imprevisível e competitivo da atualidade as empresas ou crescem e se destacam ou vão à falência. Para crescer devem ser bem gerenciadas e estar comprometidas a melhorar mais rapidamente do que os concorrentes, minimizando ou eliminando custos operacionais sem importância. Além disso, a direção deve acreditar nos fundamentos da qualidade e estar envolvida com a melhoria contínua para aumentar a eficiência e competitividade, pois, a inserção de novos sistemas e tecnologia desempenha uma função relevante na criação de processos operacionalmente excelentes. Excelência operacional significa em poucas palavras que as empresas enfatizam a eficiência e a confiabilidade, liderando o mercado em termos de preço e conveniência, minimizando custos.
b) Intimidade com Parceiros e Clientes: foca o cultivo do relacionamento com os parceiros e clientes, valorizando o tempo de vida e customizando com base no conhecimento profundo do cliente. As empresas devem esforçar-se ao máximo para encontrar e oferecer o produto ou o serviço que satisfaça às verdadeiras necessidades do cliente que, na maioria das vezes deseja sentir-se especial, notando que o produto que adquiriu é de certa forma, único, customizado. "É nessa atividade que entra o Customer Relationship Management, ou CRM, que são procedimentos de gestão voltados ao desenvolvimento de estratégias que visam a obtenção de lealdade e retenção de verdadeiros clientes" (SILVA, 2003).
c) Liderança em Produtos ou Serviços: adoção de novas idéias, novas soluções e rápida comercialização, produzindo produtos ou oferecendo serviços reconhecidos como superiores pelos clientes, de maneira que sejam colocados à disposição do mercado benefícios reais e de melhor desempenho.

Expectativas que a Governança de TI deve esclarecerNum cenário globalizado, altamente competitivo e com mudanças muito rápidas, a tecnologia da informação segue igualmente esse processo, atravessando constantes mutações, requerendo formas sempre mais ágeis e flexíveis, pois hoje (...) " é cada vez maior a necessidade de adoção pelas áreas de T.I. de mecanismos que permitam estabelecer objetivos, avaliar resultados, examinar, de forma detalhada e concreta se as metas foram alcançadas" (ESMERALDO).
O tumultuado ambiente empresarial apóia-se na tecnologia. (...) "Algumas organizações conseguiram prosperar na administração de TI, porém, devemos lembrar que a responsabilidade do uso efetivo da Tecnologia da Informação deve ser de competência organizacional" (ROJAS). E é nesse contexto que surge a Governança de T.I., a qual é fundamental para que as empresas consigam um melhor desempenho e mantenham suas estratégias.
De acordo com o Dicionário Aurélio on line , governança é governo. Em um conceito amplo pode-se definir Governança de T.I. como:
(...) Estruturas de relacionamentos e processos para dirigir e controlar a organização no alcance de seus objetivos. Agregar valor a esses objetivos. Ao mesmo tempo, equilibrar os riscos em relação ao retorno da tecnologia de informação e a seus processos. São estruturas e processos que buscam garantir que a Tecnologia da Informação suporte e leve os objetivos e estratégias da organização a assumirem o seu valor máximo. Permitem controlar a execução e a qualidade dos serviços. Viabilizam o acompanhamento de contratos internos e externos. Definem, enfim, as condições para o exercício eficaz da gestão com base em conceitos consolidados de qualidade (Esmeraldo).
A Governança de T.I. ajuda a esclarecer algumas expectativas. Uma primeira expectativa diz respeito ao modelo operacional desejado pela empresa. Segundo Esmeraldo, "a área de TI tem suas ações pouco conhecidas dentro das organizações. Na maioria das empresas, não existe alinhamento das estratégias de TI com as estratégias de negócios". Continua mais adiante o mesmo autor: "Apenas com novas práticas de governança será possível fazer a adequação de TI com a estratégia de negócios das organizações". Outra expectativa refere-se ao fato de como a T.I. dará suporte ao modelo operacional desejado. A T.I. poderá ajudar, neste sentido, criando estimativas e previsões para futuros projetos e assegurando também a compatibilidade com os já existentes. Já uma terceira expectativa faz lembrar a como a T.I. será financiada, pois, seja em pequenas, médias ou grandes empresas os gastos para se automatizar os processos são consideráveis e de qualquer forma permanentes, porque projetar, desenvolver e sustentar um sistema de T.I. requer uma ação constante, face aos rápidos avanços tecnológicos.
Por último, convém destacar que uma empresa que adota a Governança de T.I. terá maior transparência nas atividades de T.I., sendo estas canalizadas consoante a (s) prioridade (s) do negócio, ademais, segundo Renato Jesus em seu texto "Políticas de Governança em T.I. perceber-se-a que (...) "o valor que está sendo entregue para a organização poderá ser medido periodicamente, permitindo a correção de desvios e problemas; existindo claros processos voltados para o gerenciamento de riscos, e, há uma cultura instaurada de melhoria contínua sobre as práticas adotadas pelo setor de TI".

ConclusãoDiante de todo o exposto, a primeira conclusão a que se chega é que a tecnologia da informação encontra-se cada vez mais presente no cotidiano das empresas, desde a automação dos processos produtivos, administrativos e logísticos; tudo liga-se à informação que ela (T.I.) pode gerar. Não há dúvida de que a tecnologia ocupa não só um lugar de destaque em qualquer organização, mas é também tão indispensável quanto a energia elétrica, basta recordar que no caso do sistema bancário, a T.I. "confunde-se" com o negócio propriamente dito.
Foi visto que as empresas estão inseridas em um mercado globalizado, competitivo e repleto de mudanças céleres, donde conclui-se que qualquer modificação pode ocasionar incertezas para o planejamento e operação das atividades da logística. Para conseguir a excelência em logística a empresa deve buscar simultaneamente diminuir os custos e melhorar o nível de atendimento ao cliente, para tanto conta com a T.I.. A informação é um bem que agrega valor,e, as empresas precisam fazer de sua T.I. um diferencial competitivo, procurando alternativas que requeiram investimentos menos dispendiosos, os quais ao mesmo tempo otimizem a performance trazendo bons resultados.
Por derradeiro, observou-se que a implantação de uma Governança de T.I. além de dar mais transparência às atividades de T.I. e esclarecer as expectativas mencionadas no corpo deste estudo, possibilita também a disponibilização de serviços mais seguros, integrados e continuados. É fundamental ter uma Governança de T.I. eficaz e que possibilite criar valor de T.I. para o negócio da empresa, bem como a sua preservação; detectando seus impactos nos resultados obtidos pela organização, considerando os ganhos de produtividade e a competitividade do mercado.

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