domingo, 30 de dezembro de 2012

Internet Movimenta Logística Reversa no Brasil



A devolução de mercadorias produzidas pelo e-commerce gera uma crescente demanda por serviços de retorno de produtos por questões legais ou como forma de fidelização.


A visibilidade da Logística Reversa tem se acentuado nos últimos anos em todo mundo e no Brasil em função da enorme quantidade e variedade de produtos, com ciclos de vida cada vez mais curtos, que vão para o mercado visando satisfazer aos diversos micro-segmentos. Esta profusão de mercadorias multiplica a necessidade de retorno de itens ainda não consumidos e daqueles já consumidos que na maioria das vezes ainda apresentam condições de utilização, porém estão defasados mercadologicamente.





 
Diversas são as razões deste crescimento: a disseminação de usuários de Internet que cresce a uma taxa de 30% ao ano prevendo-se que atinja um total de 55 milhões em 2010 pelo desenvolvimento da banda larga que cresce à razão de mais de 80% ao ano por uma maior confiança no sistema devido à entrada gradativa de grandes grupos de comercio varejista por uma crescente dificuldade de se ter em demonstração física a profusão e a variedade de produtos produzidos pelas empresas, entre outros possíveis motivos.


A flexibilidade na devolução de mercadorias no e-commerce é apoiada geralmente por legislação que permite ao cliente não aceitar o produto por diferentes motivos, desde que não ultrapassado um determinado prazo (no Brasil, sete dias), caracterizando desta forma um canal sujeito a níveis de devolução normalmente elevados em todo o mundo. Os níveis de retorno de produtos nos canais de e-commerce, à semelhança de vendas por telefone ou catálogo, menos comuns por aqui, variam de 25% a 35% em países como os Estados Unidos sendo de 5% a 10% no Brasil.

Assim, tem-se observado a tendência no País de empresas do grande varejo físico entrar nas atividades de e-commerce como forma de manterem-se competitivas, o que certamente intensificará as vendas e em conseqüência a quantidade de retorno de itens neste canal reverso.

Varejistas como Extra, Pão de Açucar, Magazine Luiza, entre outros, desenvolvem há mais tempo a atividade de e-commerce. Recentemente entraram neste mercado Wal-Mart e Casas Bahia, seguidos pela promessa de início do Carrefour em breve.

O impacto desse crescimento e da operação de empresas desse porte é significativo para as atividades de Logística Reversa. Na medida em que será cada vez mais necessário estabelecer sistemas logísticos reversos competentes e competitivos, abrem-se enormes possibilidades de negócios para prestadores de serviços especializados, operadores logísticos, liquidadores de estoques residuais, empresas de mercados secundários, empresas de destinação final, recicladores, empresas de conserto e reparos, remanufaturadores, recondicionadores de produtos, entre outros. O tema será discutido, entre outros aspectos da Logística Reversa, em mais detalhes durante o 1º Fórum Internacional de Logística Reversa, que ocorre em 13 de maio, em São Paulo, com apresentação de cases e palestras nacionais e internacionais.

Assim, a Logística Reversa pode ser, em todos os setores de sua atuação, uma das melhores oportunidades de enfrentamento da crise mundial por que passamos, se estruturada de forma eficiente.








Sobre o 2º Fórum Internacional de Logística Reversa (www.clrb.com.br)



Paulo Roberto Leite - Presidente do CLRB - Conselho de Logística Reversa do Brasil e professor universitário.
Fonte: www.incorporativa.com.br

Logística Reversa tem como foco de atuação o equacionamento do retorno desses produtos (consumidos ou não), de forma a recapturar valor econômico, obedecer determinação legal, prestar serviços aos clientes na cadeia se suprimentos, prestar serviços aos clientes finais através da assistência técnica, dar a destinação adequada a produtos, entre outros aspectos. Sua implantação em empresas ou setores empresariais propicia lucratividade, fidelização de clientes, garantia de destino dos produtos retornados etc., contribuindo de forma decisiva para o reforço de sua imagem corporativa ou de marca e, conseqüentemente, para sua competitividade.




É neste contexto de crescimento de mercados que se insere o comercio pela Internet, denominado de e-commerce, que tem apresentado crescimento importante nos tempos atuais e em particular no Brasil. Para se ter idéia, as vendas no ano de 2005 foram de R$ 2,8 bilhões e estão estimadas em R$ 13 bilhões para 2010, com crescimento de 40% ao ano.

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